sábado, março 15, 2008

Lisboa

Parado num dos pontos daquele que é considerado o teu pulmão, olhei-te com carinho, com sincera paixão posso dizê-lo. Encarei-te, provavelmente não somente com os meus olhos, mas com o peso de gerações nascidas e criadas, foi o meu sangue, os meus genes que te admiraram.
De paixão pode-se falar, até porque pela mão levei a minha a ver-te, mostrar-te com os meus olhos, naquele lugar tão calmo, onde a poluição e o barulho se sentem apenas ao longe, como um zumbido que embora mão incomode muito, sabemos que está lá. Talvez para te observar, para te sentir, o melhor mesmo é subir a um ponto mais distante, mais alto e de lá ver os teus contornos, as tuas colinas, e aquele é sem dúvida um ponto, não direi único, mas próprio para o efeito.
Dói-me tanto quando te criticam os teus filhos. Também eu quero ir e conhecer o mundo, as cidades mais marcantes, os museus que guardam pedaços de História, os monumentos, saber como é o sol nesses sítios e como o frio é mais frio ou o que seja que o clima desses lugares me diga. Quero um dia voltar a todas as cidades que para além de ti me apaixonaram e conhecer muitas mais que nunca vi. Mas o que quero mais do que tudo isso é sempre ter a possibilidade de regressar, para novamente colocar os pés no teu chão.